Santa-mariense desponta como um dos nomes para o futuro da arbitragem gaúcha

Santa-mariense desponta como um dos nomes para o futuro da arbitragem gaúcha

Foto: Vinicius Becker

Maracanã, Mineirão, Arena do Grêmio, Beira Rio… o sonho de todos os amantes do futebol é colocar os pés em grandes palcos, onde acontecem as maiores competições do esporte mais aclamado do mundo.

Mas antes disso, há um longo e difícil trabalho pela frente. Do chão batido, da grama que se mistura com areia, das linhas muitas vezes tortas e dos alambrados quase que dentro das quatro linhas. É essa a vida do jovem árbitro santa-mariense Pedro Henrique Schirmer, que aos 27 anos, fez sua estreia na divisão de acesso deste ano como árbitro na partida válida pela décima rodada entre Real de Tramandaí e Gramadense, que acabou em um a zero para a equipe visitante. Ele está na categoria de árbitro categoria C e está desde 2022 na Comissão Estadual de Árbitros de Futebol do Rio Grande do Sul.

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Mas a sua história no futebol não iniciou de uma hora para outra. Apesar da pouca idade para um árbitro, e ainda na faculdade, ele já atua na função desde os 23 anos. Dividindo o tempo entre as partidas oficiais e as dos tradicionais campeonatos de várzea da região, já demonstra uma grande experiência, pois já atuou como quarto árbitro e assistente.

- Eu sempre fui muito apaixonado por futebol, desde pequeno, meu pai sempre me incentivava muito, e é aquilo, se tu quer ser árbitro, é por que tu não deu certo como jogador. Mas o interesse maior surgiu através de um amigo, em 2021, que já atuava nos amadores, ele comentou que estavam precisando de gente para apitar, e eu comecei e não parei. Em 2022 abriu o curso de seis meses da Federação e me formei como árbitro no final do ano.- comentou sobre como tudo começou.

Presente em diversos jogos de sub-20, sub-17 e outras categorias, ele soma pontos e se torna um dos nomes a ficar de olho no futuro, assim como um outro momento Jean Pierre (companheiro de divisão de acesso), Anderson Daronco e Carlos Eugênio Simon já foram vistos pela tradicional escola de juízes gaúchos.

- Minha primeira competição como árbitro oficial foi no Efipan, e lá eu pude fazer a estreia em um Inter x Argentino Júniors. Foi uma experiência sensacional, ter uma troca de ideias, conversas, termos técnicos e experiências.- relembrou

Com um grande futuro pela frente, o jovem sonha em apitar diversos Grenais na carreiraFoto: Vinicius Becker


Assim como os jogadores que atuam nesta divisão, a estrutura e apoio dados pela Federação Gaúcha de Futebol se dividem com outras funções. Apesar de receber pelas partidas, tem que correr além dos campos para garantir uma maior preparação. Pedro também trabalha na loja do seu pai, Regis Schirmer, na produção de artigos de couro.

- Por trabalhar diretamente com meu pai, eu consigo conciliar bastante com o futebol, que é o principal, e ele me incentiva bastante também.- explicou

Apesar da pouca idade e carreira recente, os sonhos, assim como de qualquer pessoa envolvida com o futebol, são altos. Como todo gaúcho que acompanha futebol apitar um clássico está no seu horizonte. Mas ele não tem pressa, as conversas com familiares e até pessoas relacionadas ao futebol mostram que ele sabe que o caminho é longo.

- A principal meta é apitar um Gre-Nal, é um jogo que todos param para olhar, é um clássico sul-americano, mundial, porque é um clássico conhecido no mundo inteiro. O foco da gente é degrau por degrau, começar na base, começar na divisão de acesso, daqui um tempo sonhar com o Gauchão série A, apitar um Bra-Pel e um Ca-ju, são sonhos que a gente vai colhendo com o tempo.- mesmo com os pés no chão, não deixa de sonhar alto.



Nesta Divisão de Acesso, uma de suas metas na arbitragem, já foi cumprida. No jogo entre Real e Gramadense, ele comandou a partida e lembra com facilidade dos momentos que antecederam a partida.

- É uma sensação muito gratificante, de estar fazendo a coisa certa, entendeu? A gente cria a expectativa e quando ela acontece mesmo, é uma sensação muito boa por estar fazendo a coisa certa, estar criando espaço e sendo visto.- falou, com um sorriso no rosto, sobre a participação.


Seus cartões e a moeda, que ganhou de sua amiga Maíra Mastella, que também é vinculada a FGFFoto: Vinicius Becker

A função de comandar a partida não é fácil, entre debates acalorados dentro do campo, há também o fator externo, de lidar com os xingamentos das torcidas, mas para ele, os conselhos do pai, sempre ajudam no momento.

- Meu pai que fala muito “pai não sofre nem um pouco, né? Quem sofre com xingamento é a mãe”. É uma coisa que fica até estranho a tirar do futebol. É totalmente saudável, a gente sabe que é somente nos 90 minutos que acontece isso, depois tá tudo certo. Claro que não acontecendo brigas, agressões.- relembrou

Os quatro anos de arbitragem mostram que o Rio Grande do Sul, mais especificamente Santa Maria, pode estar gerando mais um grande nome para a tradicional arbitragem a nível nacional.

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